A Batalha começa agora

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Capítulo #10



- O Panda Baby, mixer artes marciais!! Efito, o lobo mais corajoso que já existiu!! E yo, Coelho Juanito, mais rápido atirador de todo o universo, 'senhore', juntos somos o "Trio Parada Dura!!"

Babar apenas olhava espantado para os três que se apresentavam. 

- Somos feitos de pelúcia,  acha que este nome nos cai bem? - perguntou Efito para Juanito.

- Coelho, você só tem a cabeça e os braços, eu fico imaginando como você...

- Eu não me alimento, senhore!!

- Ah! Isso responde minha pergunta. - Continuou Panda Baby com um sorriso no rosto.

- Que tal os "Três Patetas?" - disse Valquíria e voltou-se para Babar. - Meu bem, chamar esses idiotas? Você está apelando.

- Precisamos de todos com os quais podemos contar, Val. E eles são da mesma espécie do Mundo dos Sonhos. Fogo contra fogo. Serão de grande utilidade.

- Quem essa pensa que é para nos ofender? - Indagou Panda Baby

- Silêncio e  mais respeito Panda, ela é a Rainha!  - O recriminou, Efito

- Pressuposto chicos!! Nossotros temos de mostrar nuestra  valia em campo, sí!! Somos los Três Mosqueteiros!! - disse Juanito.

- Ah! Mudamos de nome novamente?

- Tem gente querendo usar fogo de verdade. - Disse Saga, jogando Conrado no meio da sala onde todos se concentravam.

Todos pararam, assustados por essa entrada inesperada.

- O moleque foi ver o prisioneiro, e não sabemos como, conseguiu romper o cubo mágico. - Completou Kanon.

- Excalibur fugiu. - Disseram os dois simultaneamente.

- Pelo Mestre!! - espantou-se Morgana.

- Seu pedaço de frango infeliz!!- Manifestou-se Valquíria.

- Céus, Conrado... por que fez isso? - perguntou Babar.

Conrado no chão, respirando com dificuldade por ter usado sua energia no feitiço de libertação, repetiu as palavras do rei.

 - Precisamos... de... todos os quais... podemos contar...

Babar abaixou a cabeça. Valquíria quis partir para cima de Conrado, mas Morgana a repreendeu:

- Deixe estar Valquíria. Conrado é meu pupilo e eu cuido disso.

Ela se aproximou do garoto, levantou sua cabeça e disse:

- E aonde você acredita que Excalibur está agora?

O sorriso de Conrado se desfez. 

- Não podemos contar com Excalibur! Não sei o que ele te disse, mas te fez de otário!! - Gritou Valquíria.

Ele abaixou os olhos em lamento.  Todos foram dispensados. Liah acolheu Conrado. Nem Morgana ficou ao lado do traidor.


***



Liah e Conrado ficaram parados, sozinhos , vendo o balançar do Mensageiro dos Ventos.

- Nenhuma notícia dele?

- Nem... Excalibur realmente fugiu.

- Eu pensei que ele fosse ficar para nos defender.

- Foi o que ele te disse?

- Disse que todos morreríamos se não o libertássemos. Eu pude ouvir seus gritos antes mesmo de chegar ao templo. Voltei depois que Morgana o deixou. Agora eu me ferrei.

- Se ele ficasse preso, seria executado. Não há nada que Excalibur tenha mais medo do que a morte. Aquele miserável.

- Acho que todos me odeiam.

- Ninguém te odeia. Só estão zangados por que você quebrou as regras, quebrando o Cubo Mágico. Como fez aquilo?

- Não foi difícil, Cubos tem um ponto falho... Mas sabe o que eu acho legal? Seu poder de curar as pessoas.

Liah sorriu e Conrado continuou:

- Sabe, aqueles olhares de desaprovação, de rejeição. Nem minha mestra ficou do meu lado. Tá doendo aqui dentro. Acha que pode fazer alguma coisa?

- Meus poderes só curam danos físicos. Me desculpe.

- Tudo bem...

- Mas não quer dizer que eu não possa fazer nada pela sua tristeza. Sei imitar uma galinha como ninguém!!

Conrado caiu na risada.

- Eu divirto só de imaginar... - risos- Lili?

- Diga?

- Você pode me ensinar como se cura alguém?

- Sim!! Sim!! Mas só se você me ensinar aquele feitiço de transformar os outros em pedra.

- Quer mesmo aprender?

- Eu adorei aquilo!! Me ensina!! Me ensina!! Me ensina!!

- Claro!! Vamos lá!!

Era óbvio que em uma tarde, nem um nem o outro aprenderia com propriedade aquelas habilidades, mas eles se esforçaram, e se divertiram. 

***

Enquanto isso, Babar explicava seus planos para Valquíria.


- Os três pat... digo, o trio parada dura, três mosqueteiros, sei lá como eles se chamam, vão ficar na linha de frente. Você, Liah e Morgana farão a contenção e recuaram se for necessário. Eu e os Leões defenderemos a Pedra de Gêmeos e não se esqueça, quanto mais perto da pedra, mais poder, então não vão muito longe. 

- Shura e Excalibur incinerariam nossos oponentes. No entanto estão ambos desaparecidos. Ainda assim, você parece confiante, Babar. Há algo que eu não saiba?

- Você me conhece, meu bem. Eu sempre tenho uma arma secreta. 

- E não vai me contar?

- Se eu contasse não seria secreta.

- Mas eu sou sua esposa.

Babar sorriu.

- Que bom que é.

E Valquíria retribuiu o gesto.

- E o que vai fazer com o moleque?

- Morgana já o está castigando. E do pior jeito possível. Deixe-o, ele tem crédito, salvou Shura e por causa dele, você está aqui. 

Morgana entrou na sala.

- Temos que partir. O inimigo está avançando.

Valquíria olhou para Babar, que lhe disse:

- Boa sorte meu amor.

- Fique bem, meu querido. 

***


- Vamos acabar com aqueles invasores, arriba!! Arriba!!

O coelho montou sobre Efito, juntaram-se ao Panda e saíram em disparada. 

As corujas também partiram sobrevoando-os.

Babar permaneceu de cabeça erguida, com um leão de cada lado.

- Juntos pelo Mundo Fafito! - Puxou o grito de guerra a rainha.

- JUNTOS!! - Todos responderam.

Vendo-os partir, Conrado se aproximou do Rei.

- Esteve chorando filho?

- Morgana precisa de mim. - Fungando. - Sempre lutamos juntos. Mas ela não quer nem me ver.

Caridoso, como sempre, Babar lhe pôs a tromba sobre o ombro.

- Acalma-te, pequeno. Tenho outra missão para você.

Os olhos grandes e molhados da coruja permaneceram trêmulos observando o rei.

- Uma coisa que sempre prezei na vida foram os amigos. Marina foi sempre a mais leal. Eu quero que você desfaça o feitiço de petrificação.

Conrado olhou para o chão, e para os amigos se distanciando. Engoliu seco, mas conseguiu responder:

- Não senhor.




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