A Batalha começa agora

sábado, 6 de setembro de 2014

Capítulo 18#

- Já Já Já Já!! - Ria enlouquecidamente Juanito, o coelho, enquanto disparava sua metralhadora contra o exército de gigantes, nas rápidas corridas do lobo Efito, que seguia indo de um lado inteiro, até o outro da frente do inimigo.

O rei Babar correu em direção a um inimigo e pulou, acertando-lhe uma cabeçada no peito e derrubando o gigante e caindo sobre ele. Mas rapidamente teve que saltar pois outro gigante lançou seu braço sobre o local onde ele estava, sem se importar em atingir um companheiro.

Os leões da proteção seguiam lutando em dupla, lançando rajadas de plasmas de suas bocas, um cobrindo o outro.

Eram belos efeitos visuais. Mas não causavam qualquer avalia aos inimigos.

- Não tá adiantando nada Juanito!! - Gritava Efito.

- Que el hombre, ¿dónde está tu valor?

- Juanito, não estamos nem arranhando eles.

- Yo creo que están sorprendidos por las balas en los ojos.

- Esse nosso ataque a distância não está adiantando nada. O rei está partindo para luta corpo a corpo.

- Está convencido de que él es un hombre de grandes bolas ahora?

- Continuo achando que ele é um louco. Mas vamos nos aproximar. - Respondeu Efito e seguiram em direção ao aglomerado.

- Kanon, o rei!! - Alertou Saga a seu irmão.

Kanon atirou sucessivas bolas de plasma, afastando os gigantes de Babar, possivelmente pelo clarão em seus olhos.

Babar se levantou do chão e os leões se puseram ao seu lado. Efito e o colho chegaram, freando e levantando poeira.

Naquela breve pausa, o rei argumentou:

- Os olhos... O ponto fraco deles continua sendo os olhos.

- Mas são muitos, meu senhor. - Disse Kanon.

- Vamos aceitar. O menino coruja vai trazer a oração e o fim desta guerra. Mas não haverá nenhum de nós vivos para ver isso. - Completou Saga.

- NÃO!! Nós não vamos desistir e...

Um gigante surgiu e chutou Babar como se ele fosse uma bola de futebol. O elefante foi cair a quase um quilômetro de distância.

Todos olharam e se separaram.

Mas também foram atingidos:

- Aaaaaah!! - Gritou Saga após ser socado com violência no ar e caiu criando um buraco no chão, de tanta força com a qual foi jogado.

Kanon recebeu um chute que o fez subir no ar como em câmera lenta e, antes de cair, um dos gigantes saltou e o chutou para longe.

Efito corria entre as pernas dos gigantes. Mas eles eram tantos que ele começou a ficar desesperado.

- Amigo, ¿qué te pasa?

- Eu quero sair daqui!! Eu não quero morrer como o Panda!! Eu não...

Um soco de baixo para cima o acertou por trás o lançando de baixo para cima.

Efito foi cair próximo a Babar, e Juanito alguns metros a frente.

Kanon e Saga se juntaram próximos a eles.

Os gigantes seguiam se aproximando.

Os garotos, todos eles, estavam exaustos pelos dois dias pelos quais mantiveram o escudo de pé.

Babar, caído, sem poder abrir um dos olhos e sangrando, apenas levantava a cabeça e via aquela nuvem de poeira se movimentando com todos aqueles soldados enormes e imunes a dor.

Sorriu de forma insana. Olhou para os seus súditos, lamentou:

- Eu sinto muito por tê-los feito morrer dessa forma injusta. Sem realizar os seus sonhos... sem ter um motivo especial. Apenas por que seu rei quis que fosse assim.

- Meu rei, gostaria de dizer que foi uma honra lutar ao seu lado, senhor. - Disse Saga, também sangrando, olhando para o horizonte.

Kanon postou-se ao lado do rei. Não tinha nada a dizer.

Já Efito nem se movia. Estava caído desde o golpe. Só conseguia pensar em Liah. Que nunca mais iria vê-la. Lágrimas caíram de seus olhos.

E cada passo de um gigante era um tremor ensurdecedor para aqueles ouvidos tão sensíveis. E eram duzentos passos por vez.

Seu coração disparava, o pavor lhe tomava conta. Morrer, assim?

- La vergüenza señores me.

Todos olharam para Juanito.

Ele ostentava um Panzer, um imponente tanque de guerra. 

Babar sorriu. Saga perguntou-se:

- De onde ele tirou isso?

Efito disse sorridente:

- Esse coelho...

Com ar malicioso gritou:

- LÁ VAI BOMBA!!

Um enorme tirou foi dado causando grande estrondo, luz, levantando poeira e fumaça.

A fumaça baixou e os gigantes continuavam de pé, e agora bem mais perto.

Todos viraram-se para o colho com cara de bravo ou de interrogação.

Com um sorriso amarelo, Juanito saltou do tanque e disse:

- Bueno ... nadie puede decir que no lo intenté.

O rei olhou de volta aos soldados, com tristeza.

Os leões da proteção permaneciam apreensivos.

Efito voltou a fechar os olhos. Pensava apenas em morrer em paz.

***

Foi então que um imenso clarão se fez.

Uma luz tão insuportável que nada se via além do branco.

- CASTIGO SAGRADO, RE-DEN-ÇÃO!!!!

Ainda naquela imensidão de luz, pode-se ouvir outra voz:

- OLHAR DA MEDUSA!!!!

E uma terceira, e bem familiar:

- EXXXXXXXXXXXXCALIBUUUUUUUUUURRRR!!!!

Um estrépido se fez seguido do som de atrito entre rochas.

Quando a luz ofuscante se desfez, o lobo, no mal abrir dos olhos, enxergou a figura de seu arqui rival... Excalibur.

Babar observou com um de seus olhos. A sua frente estavam Shura, o dragão do dia, e Dragon, a sombra da noite. A suas costas pode perceber Excalibur. O trio de dragões apareceu subitamente demonstrando a imensidão dos seus poderes.

Shura avia atacado com luz, impedindo que qualquer ser vivo pudesse enxergar por aqueles instantes, Dragon lançou o feitiço de petrificação, torando os inimigos em gigantes de pedra. Excalibur completou o ataque cortando-os em pedacinhos.

Uma fila inteira de gigantes veio ao chão.

Outros muitos ainda estavam de pé. Mas parados.

A entrada dos dragões virava o jogo e eles começaram a recuar. 

Mas Excalibur foi atrás deles. Shura e Dragon o seguiram. 

Babar estava incrédulo. Um sorriso veio ao canto da boca. Excalibur e Shura não se suportavam, e o mais impressionante, Dragon? Estavam todos ajudando. Todos lutando pelo Mundo Fafito.

Magenta tinha conseguido. Tinha feito seu filho ouvi-lo pela primeira vez.

A cada som de rocha sendo cortada, Babar se sentia mais vivo. E mais feliz.



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