- Já Já Já Já!! - Ria enlouquecidamente Juanito, o coelho, enquanto disparava sua metralhadora contra o exército de gigantes, nas rápidas corridas do lobo Efito, que seguia indo de um lado inteiro, até o outro da frente do inimigo.
O rei Babar correu em direção a um inimigo e pulou, acertando-lhe uma cabeçada no peito e derrubando o gigante e caindo sobre ele. Mas rapidamente teve que saltar pois outro gigante lançou seu braço sobre o local onde ele estava, sem se importar em atingir um companheiro.
Os leões da proteção seguiam lutando em dupla, lançando rajadas de plasmas de suas bocas, um cobrindo o outro.
Eram belos efeitos visuais. Mas não causavam qualquer avalia aos inimigos.
- Não tá adiantando nada Juanito!! - Gritava Efito.
- Que el hombre, ¿dónde está tu valor?
- Juanito, não estamos nem arranhando eles.
- Yo creo que están sorprendidos por las balas en los ojos.
- Esse nosso ataque a distância não está adiantando nada. O rei está partindo para luta corpo a corpo.
- Está convencido de que él es un hombre de grandes bolas ahora?
- Continuo achando que ele é um louco. Mas vamos nos aproximar. - Respondeu Efito e seguiram em direção ao aglomerado.
- Kanon, o rei!! - Alertou Saga a seu irmão.
Kanon atirou sucessivas bolas de plasma, afastando os gigantes de Babar, possivelmente pelo clarão em seus olhos.
Babar se levantou do chão e os leões se puseram ao seu lado. Efito e o colho chegaram, freando e levantando poeira.
Naquela breve pausa, o rei argumentou:
- Os olhos... O ponto fraco deles continua sendo os olhos.
- Mas são muitos, meu senhor. - Disse Kanon.
- Vamos aceitar. O menino coruja vai trazer a oração e o fim desta guerra. Mas não haverá nenhum de nós vivos para ver isso. - Completou Saga.
- NÃO!! Nós não vamos desistir e...
Um gigante surgiu e chutou Babar como se ele fosse uma bola de futebol. O elefante foi cair a quase um quilômetro de distância.
Todos olharam e se separaram.
Mas também foram atingidos:
- Aaaaaah!! - Gritou Saga após ser socado com violência no ar e caiu criando um buraco no chão, de tanta força com a qual foi jogado.
Kanon recebeu um chute que o fez subir no ar como em câmera lenta e, antes de cair, um dos gigantes saltou e o chutou para longe.
Efito corria entre as pernas dos gigantes. Mas eles eram tantos que ele começou a ficar desesperado.
- Amigo, ¿qué te pasa?
- Eu quero sair daqui!! Eu não quero morrer como o Panda!! Eu não...
Um soco de baixo para cima o acertou por trás o lançando de baixo para cima.
Efito foi cair próximo a Babar, e Juanito alguns metros a frente.
Kanon e Saga se juntaram próximos a eles.
Os gigantes seguiam se aproximando.
Os garotos, todos eles, estavam exaustos pelos dois dias pelos quais mantiveram o escudo de pé.
Babar, caído, sem poder abrir um dos olhos e sangrando, apenas levantava a cabeça e via aquela nuvem de poeira se movimentando com todos aqueles soldados enormes e imunes a dor.
Sorriu de forma insana. Olhou para os seus súditos, lamentou:
- Eu sinto muito por tê-los feito morrer dessa forma injusta. Sem realizar os seus sonhos... sem ter um motivo especial. Apenas por que seu rei quis que fosse assim.
- Meu rei, gostaria de dizer que foi uma honra lutar ao seu lado, senhor. - Disse Saga, também sangrando, olhando para o horizonte.
Kanon postou-se ao lado do rei. Não tinha nada a dizer.
Já Efito nem se movia. Estava caído desde o golpe. Só conseguia pensar em Liah. Que nunca mais iria vê-la. Lágrimas caíram de seus olhos.
E cada passo de um gigante era um tremor ensurdecedor para aqueles ouvidos tão sensíveis. E eram duzentos passos por vez.
Seu coração disparava, o pavor lhe tomava conta. Morrer, assim?
- La vergüenza señores me.
Todos olharam para Juanito.
Ele ostentava um Panzer, um imponente tanque de guerra.
Babar sorriu. Saga perguntou-se:
- De onde ele tirou isso?
Efito disse sorridente:
- Esse coelho...
Com ar malicioso gritou:
- LÁ VAI BOMBA!!
Um enorme tirou foi dado causando grande estrondo, luz, levantando poeira e fumaça.
A fumaça baixou e os gigantes continuavam de pé, e agora bem mais perto.
Todos viraram-se para o colho com cara de bravo ou de interrogação.
Com um sorriso amarelo, Juanito saltou do tanque e disse:
- Bueno ... nadie puede decir que no lo intenté.
O rei olhou de volta aos soldados, com tristeza.
Os leões da proteção permaneciam apreensivos.
Efito voltou a fechar os olhos. Pensava apenas em morrer em paz.
***
Foi então que um imenso clarão se fez.
Uma luz tão insuportável que nada se via além do branco.
- CASTIGO SAGRADO, RE-DEN-ÇÃO!!!!
Ainda naquela imensidão de luz, pode-se ouvir outra voz:
- OLHAR DA MEDUSA!!!!
E uma terceira, e bem familiar:
- EXXXXXXXXXXXXCALIBUUUUUUUUUURRRR!!!!
Um estrépido se fez seguido do som de atrito entre rochas.
Quando a luz ofuscante se desfez, o lobo, no mal abrir dos olhos, enxergou a figura de seu arqui rival... Excalibur.
Babar observou com um de seus olhos. A sua frente estavam Shura, o dragão do dia, e Dragon, a sombra da noite. A suas costas pode perceber Excalibur. O trio de dragões apareceu subitamente demonstrando a imensidão dos seus poderes.
Shura avia atacado com luz, impedindo que qualquer ser vivo pudesse enxergar por aqueles instantes, Dragon lançou o feitiço de petrificação, torando os inimigos em gigantes de pedra. Excalibur completou o ataque cortando-os em pedacinhos.
Uma fila inteira de gigantes veio ao chão.
Outros muitos ainda estavam de pé. Mas parados.
A entrada dos dragões virava o jogo e eles começaram a recuar.
Mas Excalibur foi atrás deles. Shura e Dragon o seguiram.
Babar estava incrédulo. Um sorriso veio ao canto da boca. Excalibur e Shura não se suportavam, e o mais impressionante, Dragon? Estavam todos ajudando. Todos lutando pelo Mundo Fafito.
Magenta tinha conseguido. Tinha feito seu filho ouvi-lo pela primeira vez.
A cada som de rocha sendo cortada, Babar se sentia mais vivo. E mais feliz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário